Capítulo 46
Capítulo 46
Capítulo 45
Ouvindo Amado falar assim, Noe não conseguiu esconder um sorriso sarcástico.
Cinco anos atrás, Inês era como uma princesa na Cidade Mar, encantadora e brilhante, cheia de orgulho. Como ela se abaixaria ao ponto de correr atrás de alguém?
Talvez, a única vez que ela se rebaixou foi por Noe, e ele nem deu bola.
Agora, cinco anos depois, as figuras do passado ressurgiram, mas as águas já haviam mudado de curso. Noe refletia: se não fossem esses cinco anos de intervalo, será que as coisas não estariam mais amenas entre eles?
Contudo, muitas passagens da vida não abrem espaço para remorsos, ponderava Noe. Provar a inocência de Acelina e trazer à tona a verdade era o minimo que podia fazer por sua paz. Quanto a Inés, ela arcou com as consequências devidas.
Amado assistiu Deolinda se distanciar e, de súbito, virou–se para Noe, inquirindo baixinho: “Sr. Serpa, nesses cinco anos, você se envolveu com outras mulheres?”
Com um tom quase de acusação, Noe franziu o cenho, mantendo–se em silêncio.
Amado permaneceu calado, observando o perfil refinado de Noe Serpa, guardando seus próprios pensamentos.
Se, por um acaso, sua mãe e o Sr. Serpa resolvessem se reconciliar… seria, provavelmente, um reviver de antigos erros.
Afinal, ele não via seu pai com bons olhos, apesar de, para o resto do mundo, ser a perfeição em pessoa, com sua riqueza e posição social invejáveis. Mas um homem que negligenciou a própria mãe,
valeria a pena correr o risco outra vez?
Não, definitivamente, não valeria.
A expressão de Amado se fechou, olhando pela janela enquanto a noite cala, e os corações se This content © Nôv/elDr(a)m/a.Org.
estriavam.
Três dias mais tarde, Inês apareceu na porta, com os olhos inchados de choro, mostrando que não estava bem, mas ainda assim se produziu com esmero, vestindo botas e uma jaqueta, o que a fazia parecer mais jovem. As empregadas se espantaram ao vê–la.
Não era essa a mulher que havia causado um rebuliço na entrada da casa dias atrás? Como agora se mostrava tão radiante?
Noe estava em casa auxiliando Amado na lição quando Inês bateu à porta e chamou. O menino abandonou os giz de cera e correu para seus braços, exibindo um sorriso radiante: “Mamãe, você velo me buscar?”
Inés negou com tristeza: “Desculpa, Amado. Você ainda vai ter que esperar um pouco mais
Amadi manteve–se em silencio, mas não a soltou. So se sentia protegido junto a Inės.
Noe Serpa ao testemunhar esse momento de amor materno e filial, riu com desdém: “Não adanta se debater em vão, Inés, não importa quanto tempo passe, você não vai achar um advogado que tenha coragem de me enfrentar.”
Essas parasoladas e impiedosas fizeram Inês chorar novamente: “Noe Serpa, como você pode ser tão desalmadol
“Desa2ado”
Pro–Nee Serpa riu como se fosse a melhor piada: “Você só està colhendo o que
Inės teo, Calada, apenas o encarou com aqueles olhos, e sob seu olhar, Noe Serpa sentiu–se
quase astoXI
Gobar de hés sempre foi de orgulho e attivez nunca se dobrou a ninguém, mas cinco anos antes ela abcoude seu orgulho por Not Serpa, e agora, cinco anos mais tarde, seus olhos ardar com um odio avassalador
Noe Serpa mums sincesa porem cruet: “Inés, você nunca aprende.”
E eu nunca aprendo.“–Inès abraçou Amado, tremendo: “O que você quer de mim? Eu cumpri cinco anos de prisão Carregue calúnias e acusações. Por que você continua persistindo
nessa idea decos que eu sai?